Investir em imóveis é uma opção bastante comum entre os brasileiros que querem aumentar o patrimônio e ter outra fonte de renda.Porém, ao adquirir imóveis na praia ou na capital paulista, muitos investidores se deparam com uma dúvida: vale mais a pena alugar por temporada ou apostar na locação anual (também chamada de locação fixa)?
Neste texto, você confere como funciona cada modalidade e fica por dentro das principais vantagens e desvantagens dessas opções para você tomar a melhor decisão para o seu investimento.
A locação por temporada é um contrato de aluguel com duração máxima de 90 dias, que pode servir para viagens, férias, eventos ou mesmo hospedagem temporária para profissionais e estudantes.
Plataformas como Airbnb, Booking e até imobiliárias especializadas facilitaram esse modelo, tornando-o comum em regiões de grande movimento turístico, como o litoral, principalmente para quem procura imóveis para temporada na praia, e áreas centrais da cidade de São Paulo.
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A locação anual (ou locação fixa) é o modelo tradicional em que o imóvel é alugado por pelo menos 12 meses, muitas vezes renovável por períodos iguais. O contrato segue a Lei do Inquilinato (nº 8.245/1991), garantindo estabilidade tanto para o locador quanto para o locatário.
Esse tipo de locação também é conhecida como aluguel residencial, locação convencional e aluguel de longo prazo.
Apesar de ser conhecida como “locação anual", optar por um contrato de locação com prazo mínimo de 30 meses (2 anos e meio) tem vantagens práticas e jurídicas importantes.
1. Direito de retomar o imóvel ao final do prazo sem justificar
Se o contrato for de 30 meses ou mais, você, como locador, pode reaver o imóvel ao término do contrato sem precisar justificar o motivo da retomada. Basta notificar o inquilino com antecedência mínima de 30 dias antes do vencimento.
2. Evita renovação automática por tempo indeterminado
Contratos com prazo inferior a 30 meses só permitem a retomada do imóvel antes dos 5 anos em casos específicos e justificados (ex: necessidade própria, inadimplência etc.). Caso contrário, o contrato se renova automaticamente por tempo indeterminado, e a desocupação fica mais difícil.
Por exemplo, em contrato de 12 meses, se o inquilino permanecer, você pode ficar até 5 anos sem conseguir tirar o inquilino sem motivo legal.
3. Mais segurança jurídica
Com 30 meses ou mais, você estabelece um contrato considerado de prazo determinado com regras mais claras de início, término e consequências por quebra de contrato.
4. Possibilidade de multa proporcional por rescisão antecipada
Se o inquilino sair antes do prazo acordado, você pode cobrar multa proporcional (salvo em situações previstas em lei, como transferência de trabalho para outra cidade). Isso desestimula saídas precoces e protege sua renda.
5. Facilita financiamento ou garantia
Para fins de garantias locatícias (como seguro-fiança ou caução), contratos mais longos transmitem maior estabilidade e são preferidos por seguradoras e bancos.
Vantagens
Rentabilidade superior: o valor da diária costuma ser mais alto do que o proporcional de um aluguel fixo, principalmente em alta temporada;
Flexibilidade: o proprietário pode usufruir do imóvel em datas fora de pico;
Público amplo: a demanda é alta em regiões turísticas e durante eventos na capital.
Desvantagens:
Alta rotatividade: demanda tempo e energia com check-in, check-out e limpeza constante;
Risco de vacância: fora de temporada ou em períodos de baixa procura, o imóvel pode ficar vazio por muito tempo;
Desgaste do imóvel: são mais frequentes pequenos reparos, manutenções e até investimento em móveis e eletrodomésticos de qualidade para atrair hóspedes;
Gestão ativa: exige acompanhamento constante ou contratação de empresa especializada.
Vantagens:
Receita previsível: o aluguel mensal traz segurança e estabilidade financeira ao investidor;
Menor esforço de gestão: o locatário assume parte das responsabilidades com pequenas manutenções, e não há necessidade de constantes entradas e saídas;
Contrato protegido: a legislação traz equilíbrio e mecanismos para cobrança e despejo, caso necessário.
Desvantagens:
Rentabilidade limitada: o valor mensal costuma ser inferior ao potencial de uma ocupação cheia na locação por temporada;
Falta de flexibilidade: o imóvel fica indisponível para uso próprio enquanto durar o contrato;
Risco de inadimplência: pode acontecer, mas o contrato anual tem mecanismos legais de proteção, embora processos possam ser longos e o acordo entre as parte seja sempre a melhor opção, quando possível.
Na alta temporada (verão e feriados prolongados), a locação por temporada geralmente oferece maior retorno financeiro. No entanto, a sazonalidade é forte, ou seja, em meses de baixa, o imóvel pode ficar vazio por semanas.
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A procura por longo prazo tende a ser mais estável, especialmente em bairros corporativos ou próximos a universidades e hospitais. A locação fixa pode garantir ocupação contínua e menor dor de cabeça.
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Vale considerar também modelos híbridos, como aluguel por demanda (contratos de alguns meses para profissionais em projetos temporários) ou utilização de plataformas que administram a variação entre curto e longo prazo, otimizando a ocupação de acordo com o perfil da cidade e seu imóvel.
Contar com uma imobiliária ou corretor de imóveis pode ajudar você a decidir ou variar entre essas opções.
A melhor escolha depende do seu perfil de investidor, da localização do imóvel e do tempo que deseja dedicar à gestão.
Quem busca máxima rentabilidade e flexibilidade pode apostar na temporada, mas com disposição para uma gestão ativa e riscos maiores.
Já para quem prefere segurança, previsibilidade e praticidade, a locação anual (locação fixa) continua sendo uma opção bastante atrativa.
Por isso, avalie o potencial do seu imóvel, as demandas da região e, se possível, conte com a assessoria de uma imobiliária ou corretor de imóveis para encontrar o melhor caminho para seu investimento.
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