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Selic Subiu! Veja como o financiamento imobiliário será impactado!

Taxa Selic vai a 11,25% a.a. em novembro de 2024

por Redação SP Imóvel Atualizado em: 08.nov.2024

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), passando de 10,75% para 11,25% ao ano. Essa decisão representa a maior alta dos juros básicos desde maio de 2022.

 

A Selic estava em 13,75% ao ano em julho do ano passado. Depois, o Banco Central deu início a um ciclo de cortes. Em junho de 2024, o Copom passou a decidir pela estabilidade da taxa, em 10,5% ao ano.

 

Nos anos de 2020 e 2021, a Selic chegou ao seu menor patamar histórico, quando atingiu 2%, e tornou o crédito imobiliário mais acessível e com ótimas condições.  Nesta época, pegar dinheiro emprestado estava mais barato, já que os juros cobrados nessas operações eram menores.

 

De acordo com o Comunicado do Copom, o momento é de cautela devido ao ambiente externo ser desafiador, principalmente por conta das incertezas em relação à economia dos Estados Unidos. “O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed.”

 

 


Foto: Freepik
 

 

Impacto da Selic no Financiamento Imobiliário?

 

O Banco Central tem elevado a taxa de juros como medida de controle contra a inflação. A Selic influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

 

Com a elevação da Selic um dos impactos é que encarece diversos produtos. Com ambiente de incertezas e custos altos, a tendência é diminuir o consumo porque reduz o poder de compra das famílias, as empresas adiam o plano de expansão, levando à estagnação da economia, aumento do desemprego e das dívidas.

 

“Na verdade, o impacto da Selic vai além dos bancos – ele atinge a vida de todos. O aumento da Selic gera efeito em várias áreas, influenciando não apenas o crédito, mas também o preço de produtos e serviços, como o mercado e o combustível. No fim das contas, ele encarece praticamente tudo!”, aponta Carla Ávila, especialista em Crédito Imobiliário.

 

A elevação de 0,5% da taxa básica de juros (Selic) deixou o cenário ainda mais desafiador para aqueles que pretendem comprar imóvel residencial através do financiamento imobiliário, pois as parcelas ficam mais caras e o montante final ficará maior.

  

 

“A taxa Selic impacta diretamente o mercado de financiamento. Quando a Selic sobe, isso influencia as taxas de juros dos financiamentos, e, a cada aumento, observamos também uma elevação nas taxas de juros, especialmente nos bancos privados. Recentemente, a Caixa anunciou que não aumentaria sua taxa de juros, mas os bancos privados já fizeram reajustes. O primeiro grande banco de varejo a iniciar essa alta foi o Itaú, seguido pelo Santander. Com juros mais altos, o financiamento fica mais caro, o valor da entrada aumenta e o potencial de compra dos clientes diminui. É um efeito cascata, sem alternativa”, explica Débora Pezzotti, correspondente bancária.

 

 

Financiamento com Correção pelo Rendimento da Poupança

?

O financiamento imobiliário com correção pelo rendimento da Poupança é mais uma linha de crédito que a Caixa, Itaú e Bradesco oferecem para o Crédito Imobiliário. Essa linha acompanha a Selic, ou seja, nessa modalidade os juros são compostos por uma parte fixa, mais uma parte variável, atrelada com o rendimento da poupança.


Com a Selic no patamar de 11,25% a.a., ela ultrapassou o teto definido, ou seja, toda vez que a Selic passa de 8,5% a.a., a poupança passa a render um valor fixo que é 6,17% a.a. Portanto, a taxa de juros com rendimento da poupança será formada com a variável de 6,17% + o valor fixo + TR.


Na Caixa Econômica, por exemplo, a taxa de juros calculados são apurados somando a taxa fixa a partir de 3,10 a.a.' efetiva mais a taxa variável em função do rendimento da poupança, vigente a cada vencimento da prestação, atualmente de 6.17%a.a.


No Bradesco, a taxa de juros calculados também é a partir de 4,49 a.a.' efetiva mais a taxa variável em função do rendimento da poupança, atualmente de 6.17%a.a., totalizando uma taxa de 10,66%.

 



Simulação de Financiamento Imobiliário




?E para ajudá-los a entender melhor que ainda vale a pena financiar imóvel, o  Blog do SP Imóvel realizou algumas simulações de financiamento usando a TR, IPCA e a Poupança, nos Sistemas de Amortização SAC.


A simulação do financiamento imobiliário com rendimento da poupança foi realizada nos sites da Caixa Econômica Federal, Banco Itaú e Bradesco, pois são os únicos que até o momento, permitem realizar a simulação do crédito com a correção pela poupança. E foi feita com dados de uma pessoa com mais de 40 anos, financiando um imóvel USADO no valor total de R$ 400.000,00, dando de entrada R$ 80.000 e o restante R$ 320.000,00 será financiado no prazo de 360 meses (30 anos) com Sistema de Amortização SAC.

 

 

Compra de Imóvel Usado em São Paulo de R$ 400 mil
Entrada de R$ 80 mil (20%)
Financiado por 360 meses (30 anos)
Sistema de Amortização: SAC
Correção anual pela TR (Tabela Referencial)
Bancos Taxa de
Juros Efetiva 
a.a.
CET
Custo
Efetivo Total
a.a.
1ª  Parcela Última
Parcela
Total do Financ.
Bradesco -
TR  + Taxa Fixa
11,69% 13,04% R$
4.036,58
R$ 921,71 R$
936.994,07
Bradesco
Poupança + Taxa Fixa
10,66% 12,02%

R$
3.787,33

R$ 921,02 R$
892.004,49
Itaú -
TR + Taxa Fixa
11,59%  13,15% R$
4.046,48
R$ 922,05 R$
951.604,92
Itaú
Poupança + Taxa Fixa
11,89% 13,44% R$
4.118,74
R$ 922,25 R$
964.647,69
Caixa - TR
Taxa Fixa
11,50% 12.85%  R$
2.757,63
R$ 865,92 R$
450.253,18**
Caixa -
Poupança + Taxa Fixa
10,16% 11,49% R$
3.166,68
R$ 809,07 R$ 772.150,92 ***
Caixa - IPCA
 + Taxa Fixa
5,30% 6,70%  R$
1.797,71
R$ 861,92 R$
334.582,76
Caixa - Taxa
de Juros Fixa
9,75% 11,087% R$
3.397,34
R$
891,25
R$
835.082,25
Santander 10,99%  11,88% R$ 3.854,17 R$ 921,24 R$ 863.374,49
Banco do Brasil 11,81% 12,61% R$ 3.953,36 R$ 925,58 R$ 920.516,96
Simulações realizadas em novembro de 2024  

 

Observação 1: A simulação acima não possui a composição de renda e não estão inclusas despesas com documentação, como, por exemplo, o ITBI.

**O prazo permitido é 240 meses.
***Valor de entrada permitida R$ 120.000,00 e o valor de financiamento R$ 280.000,00 em 360 meses.



Vale a pena financiar imóvel em 2024?

 


Claro que neste momento, os juros não estão tão atrativos como os praticados em 2020, quando a Selic estava 2%, menor patamar da história e a TR estava zerada, mas a tendência é que o crédito fique ainda mais caro, então, para que esperar e pegar mais?!

 


De acordo com especialistas, sim, ainda vale a pena financiar um imóvel, pois investir em imóvel significa segurança, rentabilidade, patrimônio e a tão sonhada moradia! 

 


De acordo com o CEO do Grupo SP Imóvel, Dalton Toledo, para quem está pensando em comprar, o momento ideal não deve ser ditado somente pela situação econômica, mas sim pelo momento de vida da família e pelas necessidades pessoais. “Se a compra for financiada a uma taxa um pouco mais alta agora, ele sempre poderá fazer uma portabilidade mais adiante, ajustando o financiamento às condições de mercado. Em vez de esperar por mudanças na política ou na economia. O momento certo de compra é aquele que faz sentido para a família, seja um casamento, a chegada de mais um membro na família ou até mesmo um divórcio.”

 


O déficit habitacional é muito grande no país. As pessoas sonham com a casa própria. Tem aqueles que vão se casar e vão sair da casa dos pais e buscam o seu próprio lar. Tem o casal que se separa e uma das partes precisa de um novo lugar para morar e tem aqueles que a família vai aumentar com a chegada de uma criança e muitas vezes precisam de uma casa maior. 

 


Não é só o Brasil que tem sofrido com o aumento da inflação, diversos outros países também estão sendo afetados com a inflação.  E o ramo imobiliário é impactado diretamente com a inflação e as altas nos juros. Pois além dos financiamentos ficarem mais caros, as construtoras e incorporadoras também sofrem com o aumento significativo nos custos de insumos, e com isso, vão precisar elevar o valor final do imóvel.

 


A aquisição de um imóvel é algo que precisa ser analisada com cautela, pois existe uma série de detalhes a ser estudada e exige muito planejamento. Por isso, é muito importante realizar simulações do financiamento imobiliário nos sites dos principais bancos, assim é possível ver quais instituições oferecem as melhores taxas do crédito imobiliário de acordo com o seu perfil. Nessas simulações é possível ter uma previsão das taxas de juros, seguros, amortização e dos valores das parcelas mensalmente. 



Uma taxa de juros mais alta será o suficiente para aumentar o valor da prestação e consequentemente o montante final que você terá de pagar. O nível de relacionamento do cliente com o banco interferirá na cota e taxa de juros da contratação do crédito imobiliário. Ou seja, é importante consultar mais de uma instituição bancária e avaliar as melhores alternativas de financiamento. Veja em nosso Blog: Qual é o melhor banco para Financiamento Imobiliário?



Atualmente, as instituições financeiras disponibilizam diversas linhas de crédito com taxas de juros e condições de pagamento diferenciadas. Portanto, veja qual é o melhor índice que se enquadra nas suas condições financeiras. Confira em nosso Blog: Qual é o melhor índice no financiamento imobiliário: TR, Poupança ou IPCA?

 


Caso queira conhecer mais sobre os programas de Financiamento Imobiliário de cada instituição bancária, aconselhamos ler nossos artigos: