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Imagem Quais são os custos além do valor do imóvel que você precisa considerar?

Quais são os custos além do valor do imóvel que você precisa considerar?

Entenda quais taxas e despesas vão além do preço de compra do imóvel - e evite surpresas na hora de fechar negócio ou se mudar.

por Redação SP Imóvel em 24.out.2025

Ao planejar a compra de um imóvel, é comum concentrar a atenção apenas no valor da propriedade. No entanto, o preço de compra é apenas parte do investimento. Custos como ITBI, escritura, registro, taxas de cartório, corretagem e até condomínio podem comprometer uma fatia significativa do orçamento — ou do valor reservado para a entrada.

Neste artigo, você confere quais são esses gastos, quanto costumam representar e como se preparar financeiramente para cada etapa da compra.

 

Custos que vão além do valor do imóvel

Comprar um imóvel envolve uma série de despesas que não aparecem no anúncio de venda, mas que são obrigatórias para garantir a legalidade e a posse definitiva do bem. Esses valores podem somar até 6% a 8% do preço total do imóvel, dependendo da cidade e das condições da negociação.

A seguir, veja os principais custos que você deve considerar antes de assinar o contrato.

 

1. ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis)

O ITBI é um imposto municipal pago pelo comprador no momento da transferência do imóvel. O valor varia conforme o município, geralmente entre 2% e 3% do valor venal ou do preço de compra, prevalecendo o que for maior.

Para ter certeza, consulte o site da prefeitura da cidade onde o imóvel está localizado para verificar a alíquota e a forma de pagamento — em São Paulo, por exemplo, em a alíquota é de 3%. Confira aqui: ITBI - Secretaria Municipal da Fazenda - Prefeitura

Ou pergunte ao corretor, se já estiver em contato com um. A compra de um imóvel é um processo cheio de etapas, por isso, é sempre recomendável contar com um profissional.

Leia também: O que é ITBI? 

 

2. Escritura do imóvel

A escritura é o documento que formaliza a compra e venda em cartório. O custo depende do valor do imóvel e da tabela de emolumentos do estado, podendo variar entre R$1.000 e R$5.000.

Nos casos de financiamento imobiliário, o banco costuma emitir um contrato que substitui a escritura pública.

Muitas pessoas adiam esse processo para economizar, e acabam mantendo o imóvel de forma irregular. Mas isso pode trazer transtornos na hora de vender o imóvel, declarar IR, ou mesmo em necessidade de um inventário. Sem contar o risco de manter seu imóvel associado ao nome de outra pessoa.

Leia também: Posso vender um imóvel sem escritura?

 

3. Registro do imóvel

Após a escritura, é necessário registrar o imóvel no Cartório de Registro de Imóveis, garantindo oficialmente a transferência da propriedade. O custo gira em torno de 1% a 1,5% do valor do imóvel.

Esse é mais um passo que as pessoas costumam ignorar para economizar, mas também é arriscado. 

 

4. Taxas de cartório

Além da escritura e do registro, há pequenas taxas administrativas cobradas pelos cartórios para emissão de certidões e autenticações de documentos. Esses custos adicionais costumam ficar entre R$300 e R$800.

 

6. Condomínio e despesas pós-compra

Se o imóvel adquirido for em condomínio, é essencial considerar a taxa condominial, que cobre manutenção das áreas comuns, portaria, segurança e limpeza.  Além disso, há despesas de mudança, mobília e eventuais reformas, que podem representar custos adicionais logo após a compra.

Além disso, lembre-se de conferir se há divída em relação ao condomínio ou outras contas de consumo.

Leia também: Como faço para regularizar a documentação do meu imóvel? 

 

Planejamento financeiro completo

Somados, esses custos extras podem representar de 6% a 8% do valor do imóvel, impactando significativamente o investimento total.

Para ajudar na organização financeira, você pode  fazer uma planilha detalhada com todas as despesas previstas para evitar surpresas na hora do fechamento do negócio e da mudança. Conversar com um corretor pode ajudar você a se preparar para essas despesas.

 

Outros valores

Corretagem imobiliária

Quando há intermediação de um corretor, é cobrada uma comissão que geralmente equivale a 5% a 6% do valor do imóvel. Em lançamentos imobiliários, essa taxa costuma já estar embutida no preço final, mas em negociações diretas, é importante confirmar quem será o responsável pelo pagamento.

No entanto, quem paga a porcentagem do corretor é sempre o proprietário. Então, esse é um valor com qua o comprador não precisa se precupar, mas é válido saber que existe.

 

Laudêmio

O laudêmio é uma taxa cobrada em algumas transações de compra e venda de imóveis situados em terrenos que pertencem à União ou a algum tipo de regime de aforamento, no caso de imóveis à beira-mar, a Marinha. Essa taxa é paga ao governo federal ou ao senhorio do terreno (a pessoa que tem o domínio útil da propriedade), sempre que o imóvel for vendido. 

A legislação atual  determina que quem deve pagar o laudêmio é o vendedor do imóvel, mas é comum haver um acordo entre comprador e vendedor. Muitas vezes, o custo é dividido entre as partes ou, em alguns casos, o comprador paga.

Leia também: Laudêmio: saiba o que é a taxa de imóveis à beira-mar 

 

Conclusão: planeje o investimento total, não apenas o valor de compra

Ao comprar um imóvel, o planejamento financeiro deve ir além do preço anunciado. Somando impostos, taxas e custos de cartório, o valor final pode aumentar significativamente.

Fazer uma planilha com todas as despesas previstas ajuda a evitar surpresas e te ajuda a fazer uma compra mais segura e consciente, especialmente para quem está adquirindo o primeiro imóvel ou investindo para locação.

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