Ao planejar a compra de um imóvel, é comum concentrar a atenção apenas no valor da propriedade. No entanto, o preço de compra é apenas parte do investimento. Custos como ITBI, escritura, registro, taxas de cartório, corretagem e até condomínio podem comprometer uma fatia significativa do orçamento — ou do valor reservado para a entrada.
Neste artigo, você confere quais são esses gastos, quanto costumam representar e como se preparar financeiramente para cada etapa da compra.
Comprar um imóvel envolve uma série de despesas que não aparecem no anúncio de venda, mas que são obrigatórias para garantir a legalidade e a posse definitiva do bem. Esses valores podem somar até 6% a 8% do preço total do imóvel, dependendo da cidade e das condições da negociação.
A seguir, veja os principais custos que você deve considerar antes de assinar o contrato.
O ITBI é um imposto municipal pago pelo comprador no momento da transferência do imóvel. O valor varia conforme o município, geralmente entre 2% e 3% do valor venal ou do preço de compra, prevalecendo o que for maior.
Para ter certeza, consulte o site da prefeitura da cidade onde o imóvel está localizado para verificar a alíquota e a forma de pagamento — em São Paulo, por exemplo, em a alíquota é de 3%. Confira aqui: ITBI - Secretaria Municipal da Fazenda - Prefeitura.
Ou pergunte ao corretor, se já estiver em contato com um. A compra de um imóvel é um processo cheio de etapas, por isso, é sempre recomendável contar com um profissional.
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A escritura é o documento que formaliza a compra e venda em cartório. O custo depende do valor do imóvel e da tabela de emolumentos do estado, podendo variar entre R$1.000 e R$5.000.
Nos casos de financiamento imobiliário, o banco costuma emitir um contrato que substitui a escritura pública.
Muitas pessoas adiam esse processo para economizar, e acabam mantendo o imóvel de forma irregular. Mas isso pode trazer transtornos na hora de vender o imóvel, declarar IR, ou mesmo em necessidade de um inventário. Sem contar o risco de manter seu imóvel associado ao nome de outra pessoa.
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Após a escritura, é necessário registrar o imóvel no Cartório de Registro de Imóveis, garantindo oficialmente a transferência da propriedade. O custo gira em torno de 1% a 1,5% do valor do imóvel.
Esse é mais um passo que as pessoas costumam ignorar para economizar, mas também é arriscado.
Além da escritura e do registro, há pequenas taxas administrativas cobradas pelos cartórios para emissão de certidões e autenticações de documentos. Esses custos adicionais costumam ficar entre R$300 e R$800.
Se o imóvel adquirido for em condomínio, é essencial considerar a taxa condominial, que cobre manutenção das áreas comuns, portaria, segurança e limpeza. Além disso, há despesas de mudança, mobília e eventuais reformas, que podem representar custos adicionais logo após a compra.
Além disso, lembre-se de conferir se há divída em relação ao condomínio ou outras contas de consumo.
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Somados, esses custos extras podem representar de 6% a 8% do valor do imóvel, impactando significativamente o investimento total.
Para ajudar na organização financeira, você pode fazer uma planilha detalhada com todas as despesas previstas para evitar surpresas na hora do fechamento do negócio e da mudança. Conversar com um corretor pode ajudar você a se preparar para essas despesas.
Quando há intermediação de um corretor, é cobrada uma comissão que geralmente equivale a 5% a 6% do valor do imóvel. Em lançamentos imobiliários, essa taxa costuma já estar embutida no preço final, mas em negociações diretas, é importante confirmar quem será o responsável pelo pagamento.
No entanto, quem paga a porcentagem do corretor é sempre o proprietário. Então, esse é um valor com qua o comprador não precisa se precupar, mas é válido saber que existe.
O laudêmio é uma taxa cobrada em algumas transações de compra e venda de imóveis situados em terrenos que pertencem à União ou a algum tipo de regime de aforamento, no caso de imóveis à beira-mar, a Marinha. Essa taxa é paga ao governo federal ou ao senhorio do terreno (a pessoa que tem o domínio útil da propriedade), sempre que o imóvel for vendido.
A legislação atual determina que quem deve pagar o laudêmio é o vendedor do imóvel, mas é comum haver um acordo entre comprador e vendedor. Muitas vezes, o custo é dividido entre as partes ou, em alguns casos, o comprador paga.
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Ao comprar um imóvel, o planejamento financeiro deve ir além do preço anunciado. Somando impostos, taxas e custos de cartório, o valor final pode aumentar significativamente.
Fazer uma planilha com todas as despesas previstas ajuda a evitar surpresas e te ajuda a fazer uma compra mais segura e consciente, especialmente para quem está adquirindo o primeiro imóvel ou investindo para locação.
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