Muitas vezes o que inviabiliza o sonho da casa própria não são as parcelas do financiamento, mas a falta do valor da entrada. Com isso, muitas pessoas acabam presas à locação, afinal, pode não caber no orçamento as despesas mensais, o aluguel e mais uma porcentagem para o investimento. Então, será que é possível financiar um imóvel sem entrada? Já adiantamos que, infelizmente, isso não é possível.
Nenhum imóvel pode ser financiado 100%, por nenhuma instituição financeira, mas é possível encontrar um imóvel que caiba no bolso e com forma de pagamento confortável.
Caso a opção seja por um imóvel pronto, será necessário desembolsar até 50%, a depender da instituição financeira escolhida.
No “Minha casa, Minha Vida” a entrada mínima nas regiões Sul e Sudeste (Faixa 3) ao financiar imóveis usados é de pelo menos 50 % de entrada, valor de até R$ 270 mil por imóvel.
As famílias que se enquadram na Faixa 1 do programa são exceções, pois elas têm direito a financiamento de 95% do imóvel (portanto o valor da entrada é de 5% do total).
Ainda na Caixa Econômica, o financiamento SBPE (que utiliza outra origem de recursos) financia no máximo 70% pela SAC e 50% para quem opta pela PRICE. Já os bancos particulares, continua 80%.
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Outras opções, além do imóvel usado, são imóveis na planta ou em construção. Financiando pela Caixa Econômica Federal, será necessário desembolsar de 10 a 20% de entrada, podendo ser parcelado durante o período em que o imóvel estiver sendo construído.
Quando o comprador escolhe um imóvel na planta cujo incorporador pegou empréstimo na Caixa Econômica para o projeto, a entrada pode ficar mais acessível. É o famoso “apoio à produção” ou popularmente conhecido como “GERIC”, uma modalidade em que o cliente já faz o financiamento em construção.
Às vezes, a obra nem começou, ele já consegue o financiamento, registra isso na matrícula do empreendimento. Nessa modalidade SBPE, o cliente consegue financiar até 90%, por exemplo.
Os imóveis de leilão da Caixa podem ser comprados com entrada de 5% a 10%. Mas zerar a entrada, não.
Quem escolher um imóvel na planta pelo “Minha Casa, Minha Vida", dependendo da renda, pode obter subsídio do governo, que pode ser acumulado com o saldo do FGTS, isso serve para Faixa 1 e 2, talvez Faixa 3, mas não para Faixa 4.
Assim, não é necessário tirar dinheiro do bolso para pagar a entrada, mas o financiamento ainda vai ser condicionado à regra da Faixa que o comprador ou família se enquadrar.
Esse exemplo se aplica ao programa “Minha Casa, Minha Vida”. Já quando a modalidade é financiamento pelo SBPE na Caixa, é necessário ter um FGTS que alcance esse valor de 30% ou 50% da entrada, restrito a imóveis de até R $ 1,5 milhão.
Em relação ao subsídio do Governo, exclusivo para o “Minha Casa, Minha Vida”, existem algumas regras para conseguir. Além de atender aos critérios do programa, a aprovação depende, principalmente, da faixa de renda.
Como você viu, há várias formas de viabilizar o financiamento do seu imóvel. No entanto, de forma prática, não é possível fazer o financiamento sem nenhuma entrada.
Nesse cenário, os programas do Governo, como o “Minha Casa, Minha Vida” e o subsídio, o FGTS e uma boa renda são os melhores amigos de quem não possui uma entrada suficiente.
Nossa última dica é: converse com um correspondente bancário para entender todas as possibilidades disponíveis para você conforme a sua situação. Nesse texto, você viu que existem alternativas que podem te ajudar a realizar o sonho da casa própria.
Se a moeda de compra do cliente é financiamento, ele precisa primeiro entender qual é o potencial de compra que ele tem, o potencial de financiamento que o banco vai conceder a ele para que ele possa colocar no papel e tomar a decisão se é melhor comprar um imóvel pronto ou um imóvel em construção… Vai haver um modelo de imóvel para cada tipo de cliente, de acordo com as suas possibilidades.
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